[C/C] Praça Principal

Andava pela praça da cidade, queria achar uma loja e comprar uma moto, estava meio traumatizada com carros.

Olhei para mira e contive uma risada, sim havíamos perdido nossos pais desta forma, mas, coisas como estas acontecem.
Fatalidades acontecem?
Lá estávamos nós a procura de uma moto que lhe parecesse convenientemente boa.

Achei uma loja onde haviam varias motos e puxando Flyn atravessamos a rua.
-Bom agora qual... tem algum palpite?
Fitando todas aquelas maquinas bem indecisa.

- Nunca aprovou minhas escolhas porque pede minha opinião? - Proferi de braços cruzados observando as motos.

O fitei de mãos na cintura.
-Obrigada...pensei que pudesse prestar para alguma coisa dessa vez pelo menos..não importa o que acha da vermelha?

- Essa me parece boa. - Era uma moto um tanto... Radical. Sorri a ela.

-Então vai ser essa mesmo.
O puxei para mesa e comprei a moto, e dois capacetes... depois do negocio fechado, lhe entreguei o capacete.
-Quer uma carona? ou vai correr como uma mocinha .
Rir sabia que ele nunca daria pra trás.

Revirei os olhos e peguei o capacete.
- Não corro como uma e sim atrás dela.
Ri ironicamente.

Sorri e subi na moto, agora só me faltava um emprego, pois minhas economias tinham se ido aqui.
-Então vamos... pra casa ou quer ir em algum lugar?

Acelerei e saímos dali, eu tirar alguém do tedio...bom já estava tarde não sou muito de festas mas porque não.
Fui em direção aos barzinhos da city.

Depois de sair lembrei beber de moto não era a coisa mais certa a fazer e tomei o rumo de casa na hora.

Bom de mais pra ser verdade.- Revirei os olhos.

Parei a moto na frente de casa e vi a cara de decepção dele....mas fazer o que até podia tentar ser inconsequente mas não rolava .
-Sorry brother.

Virei e entrei na casa.

Encerrado

Encerrado

Já me parecia longe o bastante dos braços e da loucura que Ethan causava-me.
O que ele queria me mostrar com aqueles truques baratos?
Ainda corria acabei por parar na praça e tocar minha barriga tentando recuperar o fôlego totalmente.
Sentei-me em um daqueles bancos e cruzei os braços dando de cara com uma noite inebriante.

Suspirei, havia chegado a quase matar a uma que tanto se assemelhava a aquela que amei.
Pisquei os olhos com força repassando sua imagem, era idêntica, não só semelhante, a cópia.
Havia se passado tanto tempo que sua imagem fora se ofuscando em minha memória. Já estava longe o suficiente para não machuca-la, mais em local movimentado demais para saciar-me.

- Preciso mesmo de uma vodca!
Ressoei alto, não importava quem ouvisse, eu reamente precisava de uma vodca.
Sim, ou estava já muito muito bebada.

Vejo uma moça ali, estava bebada, não devia sentir falta de algumas gotas de sangue, alias, estava bêbada.
Sorri e caminhei até ela já com minhas intensões bem elaboradas.

O homem alto e moreno chegava perto de minha pessoa.

- Olha não estou dando esmolas!

Profiro de modo sádico e ironico, a noite mostrava-lhe ainda mais a beleza, seus olhos tinha um certo brilho, um leve âmbar acompanhado por sua pele de cor pálida. Mais pálida que a minha própria.

- Vamos!

Mordo os lábios maliciosamente.

O que se queria?

Queria-se brincar não é?

Penso de modo descompreendido e bebado.

- Parece-me desolada, deixe que eu te acompanhe até sua casa, a noite guarda perigos, não gostaria eu de ver uma donzela bela como a senhorita passasse por apuros.

Proferi de modo calmo, um bom rei servia ao seu povo, meu passado ainda ajudava-me a ser convincente.

Levantei os olhos até as roupas que ela trajava, tinha um bom gosto e parecia-me pertencer a boa familia.

Mordisquei o lábio, dariam falta dela caso em meio ao ataque eu perdesse o controle?

Pouco me importava, bastava que a sede fosse saciada.

Meus olhos estavam encantados com a beleza, porém a minha audição leva-lhe a outro patamar.

- Cara você é deveras descompensado!

Profiro levantando-me.

- Olha só não sei de que planeta você é , but, aqui não aceitamos caronas e etc de homens desconhecidos!

Profeiro cambaleando.

- Ta me achando com cara de mulher da vida?

Digo começando a rir.

- Você é gostosinho mais já dei hoje e não sou donzela!!

Dou uma gargalhada e começo a andar.

Sorri a ela.

- Sem segundas intenções, só creio que desse jeito não chega em casa.

Disse a ela vendo-a cambalear